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    IPDAL
    Jul 08, 2021
      ·  Edited: Jul 13, 2021

    CONHEÇA O NOVO PRESIDENTE DA CAF

    in Academia IPDAL


    Sergio Díaz-Granados da Colômbia é o novo Presidente da CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina.


    O novo presidente da segunda maior instituição financeira multilateral da região, que , foi indicado para um mandato de 5 anos neste organismo. A CAF será então dirigida pelo advogado, que foi ministro da Indústria, Comércio e Turismo no governo de Juan Manuel Santos e, até ao momento, diretor para a Colômbia e Peru do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).



    Díaz-Granados nasceu em Santa Marta, em 1968, tendo-se licenciado em direito pela Universidade Externado da Colômbia. Possui ainda uma pós-graduação em gestão pública para o desenvolvimento social no Instituto Nacional de Administração Pública de Espanha e um curso de especialização em direito constitucional na Universidade de Salamanca, tendo-lhe ainda sido atribuído um título honoris causa em economia pela Universidade del Magdalena em 2012. Além de advogado, é também colunista no jornal colombiano de economia e negócios Portafolio e foi professor catedrático na Universidade Sergio Arboleda, onde ensinou finanças públicas e direito constitucional, entre outras disciplinas.


    Na esfera da política, Díaz-Granados começou a sua carreira cedo, com apenas 26 anos. Estreou-se como vereador da sua cidade em 1994, sendo posteriormente, em 2000, nomeado assessor de gabinete de Juan Manuel Santos, então ministro das finanças, para assuntos fiscais territoriais. Entre 2002 e 2006, durante a presidência de Álvaro Uribe, foi eleito deputado pelo Partido Social da Unidade Nacional, também conhecido como “Partido de la U”, uma formação ideológica liberal de centro-direita. Durante o mandato, a sua atividade legislativa ficou marcada pela coordenação de um plano de desenvolvimento, reformas tributárias e leis de promoção do ambiente, como a sobretaxa ambiental e incentivos aos biocombustíveis, presidindo ainda a Comissão de Assuntos Económicos da Câmara dos Representantes.


    Entre 2006 e 2008 foi nomeado vice-ministro do desenvolvimento empresarial, ficando encarregado de conceber políticas de fomento empresarial e melhoria do ambiente regulatório. Neste cargo foi responsável pela criação do programa “Banca das Oportunidades” e do “Programa de Transformação Produtiva”, sendo este último considerado um eixo da política industrial colombiana. Em 2008 assumiu a presidência da Associação Colombiana de Agências de Viagens e Turismo (ANATO) como o cargo de Secretário-Geral do Partido de la U, durante a bem sucedida campanha presidencial de Juan Manuel Santos, após a qual se tornou, entre 2010 e 2013, Ministro do Comércio, Indústria e Turismo.


    A sua gestão neste cargo foi marcada pela assinatura de múltiplos acordos comerciais, com os EUA, Canadá e UE, por exemplo, e pela produção de resultados de destaque na exportação de serviços, investimento direto estrangeiro, turismo e melhoria no ambiente de negócios. Acumulando à sua função de ministro, também foi presidente do Conselho Executivo do Bancoldex (Banco de Desenvolvimento da Colômbia) e da ProColombia.


    Findo o seu cargo ministerial, assumiu o cargo de Diretor Executivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento, onde levou a cabo uma transformação da estratégia da instituição face ao setor privado e apresentou uma visão ambiciosa frente aos desafios das alterações climáticas. Deste modo, Díaz-Granados afirma-se como um especialista em temas de desenvolvimento, integração regional, interação entre setor público e privado, e adaptação às novas realidades apresentadas pelo século XXI, não só no âmbito digital, mas também climático.

    Assumindo funções a 1 de Setembro, para um mandato de cinco anos que terminará em 2026 com a possibilidade de uma renovação, a sua presidência será marcada pelo encabeçamento da recuperação económica regional e pela criação do braço de operações privadas da CAF.


    Numa cerimónia com o presidente colombiano Ivan Duque, o novo presidente da CAF deixou clara a sua vontade de aumentar as operações de financiamento ao setor privado, sobretudo em projetos no âmbito do fortalecimento de relações comerciais, corredores logísticos, eficiência energética e transição digital. Perante um quadro de desafios múltiplos, tanto históricos como recentes, a CAF terá uma importância ainda maior para a região numa altura onde as instituições multilaterais ganham um protagonismo acentuado.


    A eleição decorreu a 5 de Julho, em formato híbrido, no Palácio Nacional do México. O candidato apresentado oficialmente pela Colômbia contou com o apoio do Peru, Equador, Brasil e Uruguai, enfrentando apenas o candidato argentino, Gonzalo Asinelli, atual subsecretário de Relações Internacionais para o Desenvolvimento, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência. De acordo com os procedimentos regulamentares da CAF, a eleição, que conta com o voto dos membros do Conselho Executivo, tem de ser concluída de forma consensual, pelo que a Argentina retirou o seu candidato, passando este a ser o próximo vice-presidente da CAF, e a Venezuela – o único país que tinha inicialmente votado contra o candidato colombiano – acabou por se abster. Assim, após uma eleição que decorreu de forma antecipada perante a demissão do peruano Luis Carranza, confirma-se agora a primeira presidência colombiana desta instituição.


    Ainda que a sua sede seja em Caracas, na Venezuela, devido aos desenvolvimentos políticos dos últimos anos, o local de trabalho do presidente da CAF tem sido objeto de tensão política. Esta mesma tensão já tinha motivado o antecessor de Díaz-Granados a estabelecer o precedente de trabalhar num escritório regional da instituição, em Lima.


    A CAF, organização de atuação latino-americana mas de participação ibero-americana, possui entre os seus acionistas 17 países da América Latina, Portugal e Espanha, e ainda um conjunto de 13 bancos privados. Anualmente, dota de recursos projetos de desenvolvimento num total de 14 mil milhões de dólares, tendo desde o início das suas funções, em 1970, financiado um total de 200 mil milhões de dólares por toda a região, afirmando-se assim como a segunda maior instituição regional de financiamento para o desenvolvimento, apenas atrás do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).



    Redação: Nuno Vilão


    Edição: Filipe Domingues


    Fotografia: Voz de América. Disponível em:


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