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    IPDAL
    Feb 15, 2021
      ·  Edited: Apr 23, 2021

    JOE BIDEN E A AMÉRICA LATINA: PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES

    in Academia IPDAL

    IPDAL divulga análise preliminar às declarações e intenções manifestadas pelo novo Presidente dos Estados Unidos em relação à América Latina.


    (créditos imagem: https://www.whitehouse.gov/administration/president-biden/)


    Joe Biden iniciou o mandato no dia 20 de janeiro de 2021 e, em pouco tempo, já deixou indícios de como pretende conduzir, pelos próximos quatro anos, a relação do país com os seus vizinhos latino-americanos. Recorde-se que Biden foi o principal emissário de Barack Obama para a região (2009-2017) e que, já durante a campanha presidencial, o democrata prometeu revigorar o relacionamento com o eixo continental, criando expectativas elevadas em relação aos seus próximos passos.


    De facto, logo no primeiro dia após a posse, Joe Biden assinou um conjunto de ordens executivas que refletem um redirecionamento face à política externa da administração anterior, sobretudo no que diz respeito aos assuntos que impactam diretamente a comunidade latinoamericana. Referimo-nos a medidas como o congelamento imediato do financiamento do muro fronteiriço com o México, o desmantelamento de certas restrições de migração ou as mudanças na postura quanto às deportações e pedidos de asilo, que sinalizam a vontade de Biden em restabelecer bons laços com a região e de acolher os migrantes nas suas comunidades, com a promessa de que os processos serão mais humanos e pacíficos.


    Adicionalmente, o presidente nomeou o colombiano Juan Sebastian Gonzalez como conselheiro nacional para as questões de segurança no hemisfério ocidental, enviando uma mensagem de que pretendem trabalhar nas pautas mais urgentes e prioritárias concernentes ao país e à América Latina, tais como a retomada da concertação multilateral, o combate à corrupção e ao narco-tráfico, a crise climática e a recuperação dos países perante os danos da pandemia. Essa agenda , que cruza os interesses domésticos com os regionais, inclui outras propostas relevantes que dizem respeito a um fundo de apoio económico ao “Triângulo do Norte” (composto pela Guatemala, El Salvador e Honduras), aos impasses da crise venezuelana e à normalização das relações com Cuba.

    Segundo especialistas, apesar das perspetivas positivas, a retomada do bom relacionamento dos Estados Unidos com os vizinhos latino-americanos será trabalhosa e exigirá a superação de vários obstáculos, muitos deles deixados pela administração Trump. A promoção e reafirmação da democracia, dos direitos humanos, e do fortalecimento do Estado de Direito também deverão constar na base desse relacionamento para que as políticas direcionadas à região sejam efetivas, especialmente diante da incidência crescente do populismo nacionalista que assola alguns dos países em questão. Outro desafio para os Estados Unidos será o de pautar a sua política externa na região pelo equilíbrio da “liderança pelo exemplo”, respeitando a soberania dos Estados ante qualquer possibilidade de práticas imperialistas.


    A eleição de Biden oferece uma nova possibilidade de compreensão mútua dos interesses e prioridades dentro do continente americano. Neste sentido, a administração do democrata pode representar uma oportunidade valiosa de redefinição da relação entre os EUA e os países latino-americanos, assim como das abordagens a nível regional das questões de migração, de comércio, de segurança e ambiente. Desta vez, a América Latina parece ter um sócio que não vê o seu hemisfério como o seu feudo, e sim como uma base estratégica, com quem partilha objetivos e interesses. Aliás, este ano, o Presidente deverá reavivar a trianual Cimeira das Américas, que se apresenta como uma oportunidade para desenvolver as causas comuns.


    Joe Biden, menos ameaçador e mais apaziguador do que o seu antecessor, revelou a vontade de terminar com a “incompetência” da administração anterior face à região, proporcionando o regresso de uma política externa com base em valores. Para isso, terá de usar o “bastão” e a “cenoura”, mas de uma perspetiva bem distinta daquela que Barack Obama tinha e da qual o próprio está ciente: não se trata de exportar a democracia, uma vez que esta não deve ser um fim e, sim, um meio.


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