Doing Business: América Latina 2020
Updated: Nov 6, 2020

México considerado o melhor país da região para fazer negócios.
Baseado na análise do Banco Mundial, foram usados onze critérios para classificar a dificuldade de realização de negócios na América Latina: Starting a business, Dealing with construction permits, Getting electricity, Registering property, Getting credit, Protecting minority investors, Paying taxes, Trading across borders, Enforcing contracts, Resolving insolvency, Employing workers.
Os países que se destacam são:

Figura 1: Ranking e pontuação em termos da facilidade de realização de negócios
Nota: A facilidade de fazer negócios mede-se segundo o desempenho de cada economia em cada um dos critérios usados. Dados recolhidos a partir 2005, numa escala de 0 a 100, em que 0 representa menor facilidade e 100 representa a maior facilidade.
Tendências do Ranking
O México, em 60º lugar no ranking global de Doing Business deste ano, obteve a melhor classificação da região da América Latina e Caraíbas, seguido por Porto Rico [EUA] (65º) e Colômbia (67º). Outras grandes economias: Brasil (124º) e Argentina (126º).
Economias com classificação mais baixa: Venezuela (188º), Haiti (179º) e Suriname (162º).
A facilidade média regional de fazer negócios é de 59.1. O valor médio das economias com rendimento médio-alto é de 78.4. Média global: 63.
A região tem melhor desempenho nas áreas de obtenção de eletricidade e obtenção de crédito. Leva 67 dias para um empreendedor obter uma nova conexão elétrica, em comparação com uma média global de 83 dias. Porto Rico [EUA] (4º), Colômbia (11º), México (11º), Costa Rica (15º), Jamaica (15º), e Guatemala (15º), estão entre os vinte primeiros no indicador de obtenção de crédito.
As economias da região apresentam baixo desempenho na área de pagamento de impostos. Demoram, em média, 317 horas por ano para cumprir as obrigações fiscais. A média global é de 234 horas por ano.
Registar propriedade e iniciar um negócio são áreas em que continua a haver um aperfeiçoamento. Demora-se, em média, 64 dias para transferir propriedades na região a um custo médio de 5,9% do valor da propriedade. Nas economias de rendimento médio-alto demora 24 dias, 4,2% do valor do imóvel. Além disso, custa em média 31,4% do PIB per capita para iniciar um negócio. Média global: 19,9%.
Tendências para reforma
Dois terços das economias evoluíram em pelo menos uma área medida pelo Doing Business. 35 reformas foram implementadas em 21 das 32 economias da região no ano passado.
Nenhuma economia da região estava entre as 10 que mais evoluíram a nível global este ano.
As economias da região implementaram a maioria das reformas nas áreas de abertura de negócios (sete), seguidos da execução de contratos e do comércio além-fronteiras (seis cada).
As Bahamas realizaram o maior número de reformas da região, com quatro. Seguem-se a Argentina, os Barbados e a Colômbia com três reformas cada.
Exemplos de reformas incluem:
– As Bahamas reforçaram as proteções dos investidores minoritários, aumentando a divulgação de requisitos para conflitos de interesse e exigindo maior transparência corporativa.
– A Argentina reduziu o tempo necessário para conformidade com documentos de exportação/importação, introduzindo certificados eletrónicos de origem e melhoria do licenciamento de importação.
– Barbados tornou a obtenção de eletricidade mais rápida, implantando o stock de material necessário para trabalhos de conexão externa e oferecendo programas de treino aos engenheiros da concessionária.
– A Colômbia facilitou os processos de insolvência aumentando a participação de credores nesses processos.

Figura 2: Ranking, nº reformas e facilidade de realização de negócios para os países da América Latina e Caraíbas