Governo e Privados debatem Consequências COVID

O IPDAL organizou um encontro virtual para discutir as consequências económicas e políticas do Covid-19 em Portugal.
A Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação elogiou a dinâmica mantida pelo IPDAL, mesmo nesta altura complexa do país e das relações internacionais. De seguida, Teresa Ribeiro enumerou as várias medidas de reação implementadas pela diplomacia portuguesa durante a pandemia, em especial no âmbito da cooperação com os países da CPLP.

O Secretário-Geral do IPDAL chamou a atenção para o crescimento acelerado dos números do desemprego, em particular do desemprego jovem, e defendeu que a estratégia de relações externas do país deverá assentar no capital de credibilidade conquistado nos anos recentes e reforçado, agora, com o êxito da resposta sanitária ao Covid.
O CEO do BBVA para Portugal apresentou as previsões económicas do banco para Portugal, explicando que os números apurados, por todas as instituições e agências nesta fase, deverão ser revistos ao longo dos próximos meses. Ainda assim, a instituição liderada em Portugal por Luís Castro e Almeida prevê uma recessão de 6,5% para 2020 e uma recuperação de 4,2% em 2021, não sendo previsível a retoma do nível de atividade económica para valores prévios à crise até 2022.
O economista João Duque deu como certo um cenário de austeridade económica e financeira para o futuro imediato de Portugal, destacando a importância da dívida pública e dos compromissos com a União Europeia como balizas de atuação do governo. Para o Professor do ISEG, o crescimento em 2021 terá de ser muito significativo de maneira a compensar a recessão deste ano.

O Diretor do Diário de Notícias explicou por que é expectável, mas não garantida, uma aproximação do PS ao PSD como solução governativa para o país nos próximos anos e relativizou o crescimento dos movimentos anti-sistema no país.
A iniciativa decorreu no dia 26 de Maio, através das plataformas digitais. Participaram dezenas de embaixadores da América Latina, Europa, África e Ásia, incluindo o Núncio Apostólico, grandes empresas portuguesas, agências especializadas e académicos.